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Maze Runner: Trajetória até o fim

Por Léo Figueiredo 


O primeiro filme da trilogia Maze Runner, Correr ou Morrer, estreou em 2014 sem muito estardalhaço. O longa parecia apenas mais um a pegar carona no sucesso que o gênero distopia vinha estabelecendo, mas mostrou qualidade e despertou o interesse de várias pessoas. 


E após dois anos e meio de espera – uma vez que o ator principal se acidentou durante as filmagens – A Cura Mortal chega para o público matar a saudade e também, ao que tudo indica, se despedir dos personagens. Portanto, o Caderneta Nerd preparou uma pequena “retrospectiva” das adaptações das obras de James Dashner. Pode conter alguns spoilers.

Correr ou Morrer 

No primeiro filme, os adolescentes lutam para atravessar o labirinto e sobreviver aos Verdugos.
O longa mal tem início e já mostra a que veio: mexer com o emocional do espectador. A primeira cena é a responsável pela apresentação do protagonista Thomas (Dylan O’Brien), que está preso em um elevador e ainda por cima com amnésia.   

O fim da subida o leva até à Clareira, local onde, uma vez por mês, por razões desconhecidas, um novo menino é enviado para conviver com o grupo de rapazes que já moram ali há anos. O lugar é cercado pelas enormes paredes de um labirinto que se abre e fecha, respectivamente, no início e final de cada dia. Se alguém ficar preso no labirinto tem poucas chances de sobreviver, pois no interior da construção habitam criaturas medonhas e mortíferas.

Cada pessoa na Clareira tem sua função e entre eles há os chamados “corredores”. O objetivo deles é percorrer o labirinto durante todo o dia no intuito de mapeá-lo e encontrar uma saída. Contudo, Thomas é curioso e não demora a questionar quem os colocou ali e quem controla o labirinto. Com isso, regras começam a ser quebradas e as consequências acabam se revelando destrutivas. Todas as cenas do labirinto são fabulosas e a produção soube trabalhar nos momentos em que os corredores precisam escapar das paredes imprevisíveis e claustrofóbicas da monumental construção.

Prova de Fogo

No segundo filme, Thomas e seus amigos precisam peregrinar por um deserto.

Prova de Fogo começa exatamente onde Correr ou Morrer terminou. Após saírem do labirinto e descobrirem que são um dos poucos sobreviventes do vírus Fulgor, Thomas e seus amigos são levados para uma instalação no Deserto na qual podem ter segurança.

Felizmente, Thomas continua curioso e com a ajuda de um novo aliado, é testemunha de que tudo não passa de uma mentira; eles continuam sob domínio da CRUEL, instituição que acredita que a cura do vírus está no sangue dos jovens e por isso os captura para fazer experimentos.

Logo a trupe formada por Thomas, Minho, Teresa (Kaya Scodelario) e Cia. escapam e vagam pelo Deserto, fugindo de zumbis que se escondem nas sombras e tempestades de raio que se formam no céu. E mediante a tantos obstáculos, surge a esperança de não apenas encontrar a paz, mas também de combater a CRUEL. 

Como todo bom segundo filme deve fazer, Prova de Fogo expande o universo de maneira satisfatória e empolgante. Se no antecessor os jovens estavam presos entre as paredes do labirinto, neste a mitologia do enredo ganha mais consistência e um mundo de possibilidades se abre diante dos heróis, em que os perigos são bem mais assustadores que os Verdugos do primeiro filme.

Os méritos do longa devem-se grande parte pelas incessantes cenas de ação. O diretor Wes Ball, que aqui teve um orçamento maior em suas mãos, soube aproveitar muito bem os efeitos especiais e, além do discreto apelo emotivo trazido do predecessor, conseguiu introduzir elementos de terror, violência e maturidade à trama (As cenas com os zumbis são ótimas). Além disso, Prova de Fogo também traz novos personagens e potencializa a atuação dos veteranos. 

O que vem por aí

Onde o labirinto chega ao fim
O encerramento da trilogia promete exibir a luta de Thomas contra a CRUEL. Veremos ele resgatando Minho, reencontrando Teresa e com certeza ele terá de relembrar todos os detalhes do seu passado. A história iniciada no labirinto chega a seu ponto final. E, pelo que foi mostrado nos trailers, as cenas de ação e emoção estão ótimas e prometem deixar o público boquiaberto. As críticas  já demonstram que o produto, no geral, não decepciona. 


Com o fim dos filmes de Maze Runner, a safra de distopias juvenis ficará em desfalque por algum tempo. O desejo é que os próximos façam jus à qualidade e legado que seus antepassados deixaram.  

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