Na 7ª edição do Cuscuz HQ, a trajetória cinematográfica do Superman ganha destaque
Por Beatriz Nascimento e Ricarla Nobre
Dando sequência a linha do tempo, em Superman 4 - Em busca de paz (1987), o palestrante Denilson criticou diversos aspectos do longa, “Tentaram tirar leite de pedra, o roteiro estava fraco e o ator se sentia velho para o papel”, disse. Dirigido por Sidney J. Furie, a ficção-científica foi altamente derrubada pela crítica, além de ser o último filme em que Christopher Reeve interpretou o personagem. Na sinopse, Lenny Luthor liberta seu tio Lex Luthor da prisão e a dupla rouba um fio de cabelo do Superman, que mais a frente vai contribuir para o surgimento do Homem-Nuclear, um ser com poderes de nível kryptoniano. Christopher estava visivelmente abatido e achou que o filme foi um desserviço ao personagem.
Em Superman - O retorno (2006) a trama se inicia com a volta do herói à Terra depois de sua longa viagem a Krypton com a intenção de “mostrar aos espectadores que esse é, mas ao mesmo tempo não é, o mesmo Superman de 1978”, como disse Denilson durante a palestra. Para produção do longa, eles procuraram um ator que lembrasse o Reeve, e escolheram o Brandon Routh para que as pessoas não sentissem tanto a diferença com a troca de ator. Já para compor o restante do elenco, eles tentaram trazer pessoas conhecidas para dar peso ao filme. Uma das principais críticas foi em relação ao símbolo pequeno em seu uniforme e à falta de inovação nas cenas de voo. Apesar de ter referências dos quadrinhos, como a cena dele levantando um carro, o filme é popularmente conhecido como algo certo que foi lançado no tempo errado.
O sétimo encontro de colecionadores de quadrinhos, Cuscuz HQ, aconteceu neste último sábado (26) no Instituto Metrópole Digital (IMD). Considerado o maior evento do Rio Grande do Norte na categoria, o encontro é totalmente gratuito e não possui fins lucrativos. Este ano, a programação foi expandida e ocorreu das 9h às 18h no auditório B205 do IMD. Contando com diversas palestras, sorteios, estandes e mesas redondas, o acontecimento recebeu diversos estudantes e consumidores da cultura geek.
Foto: Ricarla Nobre |
A programação foi dividida em dois turnos, no matutino, após a abertura e mesa redonda sobre o radicalismo dos fãs e prejuízos para seus heróis prediletos, a palestra “Superman e a Sétima Arte” foi ministrada por Denilson, que abordou uma linha do tempo sobre as produções cinematográficas e evolução do herói Superman. O palestrante iniciou sua apresentação mostrando um vídeo com a trajetória do personagem, ressaltando a evolução rápida na construção do herói, que a princípio era incapaz de voar - dando apenas grandes saltos - e logo depois teve suas habilidades expandidas com o voo.
Denilson começou a linha do tempo pela versão do Superman de Kirk Alyn (1948), afirmando que o grande marco desse Superman está em Noel Neill, que fez a primeira Lois Lane e se tornou um ícone do feminismo na época. Para ele, haviam algumas características que hoje poderiam ser consideradas toscas, como o voo do superman, que em suas cenas aéreas era suspendido pela capa devido às limitações tecnológicas da década de 40.
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Já no Super-herói de George Reeves de 1951-58, foi destacado que Reeves, que deu vida ao herói por mais de uma década, foi responsável por inspirar o desenho do Kal-El com uma musculatura mais desenvolvida devido ao seu porte físico. O personagem se popularizou e conquistou o coração do público, sendo amado pelas crianças na época de ouro em Hollywood. Um fato curioso é que “o Batman já foi Superman”, como afirmou Denilson, pois o ator Ben Afleck - que atualmente interpreta o Batman nas telinhas - já deu vida ao Revees no filme Hollywoodland (2006).
O longa do mesmo herói em 1978 se destacou pelo trato negativo que foi feito entre a produção e a Warner, o trato diz respeito a custear todos os gastos do filme e entregá-lo basicamente “pronto” para a Warner divulgar. Na época, segundo o palestrante, foi a única opção que eles tinham para tirá-lo do papel. Grandes nomes foram chamados para trabalhar na produção cinematográfica como Mario Puzo (O poderoso chefão) para escrever o roteiro, John William (Star Wars, Jurassic Park, Tubarão) na trilha sonora e Richard Donner (A profecia) para produzir. O elenco e a produção de peso foi um ponto-chave no Superman de 78, e a sua frase marcante foi: “Você vai acreditar que o Superman pode voar”.
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No Super-Homem 2 - A aventura continua (1980), o destaque ficou com a direção do longa. Feito por Richard Donald - que era adorado por todo o elenco por sua alegria e animação nos dias de gravação - o filme não teve estréia, mas foi um sucesso, sendo até comparado pelo palestrante Denilson, com o sucesso “Guerra nas Estrelas”. Porém, apesar de toda popularidade do diretor, quando foram gravar o terceiro filme, a Warner o despediu e contratou Richard Prime.
Na medida em que os filmes do Superman faziam sucesso, o orçamento era reduzido, em Superman 3 (1983), tudo foi mudado para inserir Richard Prime - que é considerado um Deus da comunicação. Lois Lane foi deixada de lado por opção própria, pois segundo ela, o roteiro era fraco e por isso decidiu ficar de fora do filme. Nesta película, Clark Kent enfrenta seu próprio ego após ser afetado psicologicamente devido contato radiativo com kryptonita, e luta consigo para recuperar sua identidade. Para isso, a produção investe em construir uma imagem mais negativa de seu outro ego, usando recursos como maquiagem marcante com olheiras e outros aspectos no semblante do ator Christopher Reeve.
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Dando sequência a linha do tempo, em Superman 4 - Em busca de paz (1987), o palestrante Denilson criticou diversos aspectos do longa, “Tentaram tirar leite de pedra, o roteiro estava fraco e o ator se sentia velho para o papel”, disse. Dirigido por Sidney J. Furie, a ficção-científica foi altamente derrubada pela crítica, além de ser o último filme em que Christopher Reeve interpretou o personagem. Na sinopse, Lenny Luthor liberta seu tio Lex Luthor da prisão e a dupla rouba um fio de cabelo do Superman, que mais a frente vai contribuir para o surgimento do Homem-Nuclear, um ser com poderes de nível kryptoniano. Christopher estava visivelmente abatido e achou que o filme foi um desserviço ao personagem.
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Foi falado também do polêmico Superman Lives dirigido por Tim Burton e produzido em 1998. Conhecido como o filme que não existiu, a trama iria ter como protagonista o Nicholas Cage, mas as gravações não foram ao ar. Um dos diferenciais que o longa teria era que o personagem usaria 3 tipos de uniformes e o ator afirmava que seria o melhor filme do Superman de todos os tempos. Uma grande curiosidade sobre o filme é que Nicholas Cage ficou tão apaixonado por ele que colocou o nome do seu filho em homenagem ao personagem.
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Em Superman - O retorno (2006) a trama se inicia com a volta do herói à Terra depois de sua longa viagem a Krypton com a intenção de “mostrar aos espectadores que esse é, mas ao mesmo tempo não é, o mesmo Superman de 1978”, como disse Denilson durante a palestra. Para produção do longa, eles procuraram um ator que lembrasse o Reeve, e escolheram o Brandon Routh para que as pessoas não sentissem tanto a diferença com a troca de ator. Já para compor o restante do elenco, eles tentaram trazer pessoas conhecidas para dar peso ao filme. Uma das principais críticas foi em relação ao símbolo pequeno em seu uniforme e à falta de inovação nas cenas de voo. Apesar de ter referências dos quadrinhos, como a cena dele levantando um carro, o filme é popularmente conhecido como algo certo que foi lançado no tempo errado.
Próximo do fim da linha do tempo desenvolvida, o Homem de Aço (2013) entra em cena quando a Warner viu o dinheiro que a Marvel estava ganhando e decidiu seguir essa linha. Tanto é que o filme foi pensado para Batman vs Superman, e como consequência disso, foi afirmado que é consensual entre os críticos que a linha do filme acabou sendo reduzida. A música e o dinheiro foram bem destacados, e apesar de algumas críticas clamarem que o filme não teve ação, Denilson afirma que o problema neste caso, não está no longa, mas no excesso de criticismo dos fãs.
No último ponto da palestra, foram discutidos outros filmes com a participação do herói em questão, como Batman Vs. Superman e Liga da Justiça. Também foram comentadas as críticas mais relevantes que os filmes exemplificados anteriormente receberam, assim como a comparação do Clark Kent com Jesus, por ambas as histórias terem muitos pontos em comum - de acordo com os fãs. Apesar das ditas semelhanças, os seus criadores (Joe Shuster e Jerry Siegel) alegam que por serem judeus apenas se inspiraram no personagem bíblico Moisés.
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