PONG: o novo jeito de criar jogos no Rio Grande do Norte
Por Luiz Gustavo Ribeiro
O espaço PONG apresentou projetos de desenvolvedores potiguares na Campus Party Natal (Grupert) |
Donos da melhor estrutura, as grandes empresas ainda dominam o mercado dos games com todo seu poder de investimento. Contra essa maré hegemônica pequenos grupos de desenvolvedores se destacam ao redor do mundo e trazem novos conceitos para o mercado e em Natal, o PONG (Potiguar Indie Games) figura esse cenário alternativo.
O PONG é uma comunidade de desenvolvedores do Rio Grande do Norte que se reúnem mensalmente para compartilhar experiências de trabalho. Seguindo o seu objetivo principal de gerar comunicação entre os produtores, a PONG carrega uma pluralidade de pessoas em sua equipe, desde amadores a acadêmicos e desenvolvedores profissionais.
Na Campus Party Natal, os desenvolvedores apresentaram diversos tipos de palestras sobre desenvolvimentos de jogos e assuntos técnicos em específicos. Um dos jogos apresentados foi o “Kawaii Dethu Desu”, produzido pelos acadêmicos de Análise e Desenvolvimentos no IFRN, Ricardo Luiz da Silva Junior e Saulo Daniel Ferreira Pontes, o jogo é criação da Pip in Games, desenvolvedora de games potiguar.
Ricardo Luiz durante a apresentação do jogo “Kawaii Dethu Desu” (Grupert) |
“Basicamente ele é um jogo surgiu em uma game jam em outubro, chamada 365 Indies Game Jam, que é bem famosa aqui no Brasil. Ela é idealizada por uma youtuber chamado Kiliane Lopes, esse youtuber faz a game jam, joga os jogos e dá essa visibilidade para essa galera que participa. Tinha um tema nessa game jam que era “a morte útil”, e naquela elaboração de ideia decidimos fazer uma idol japonesa que seria a morte e ela ceifaria os sonhos. Assim surgiu o ‘plot’ da KDD, que era basicamente um jogo onde criaturas sobrenaturais encarnam em idols japonesas e participam de uma competição pela soberania do submundo e para isso elas tem que coletar almas humanas, mas não pode ser de qualquer indivíduo, tem que ser de pessoas extremamente fiéis. Por isso que elas apresentam um show e cortam os fãs para recuperar as almas deles”, explica Ricardo.
Kawaii Dethu Desu é um jogo feito em Pixel Art e tem o visual bem semelhante a jogos clássicos dos anos 1990 e que antes era feita por uma limitação dos consoles, mas hoje é uma opção e a escolha do visual reflete no tamanho reduzido da equipe que desenvolve o game. Segundo Ricardo, o Pixel Art acaba reduzindo a carga de trabalho dos artistas na hora de fazer cenários, animações e interfaces gráficas, esse foi o motivo da escolha.
O KDD vai ser distribuído para dispositivos móveis, em versões para Android e IOS e devem chegar às lojas online no segundo semestre de 2018. Além disso, antes do lançamento os desenvolvedores vão disponibilizar alfas e betas para o público testar e avaliar.
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