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Star Wars: Os Últimos Jedi - Crítica

O fracasso é o melhor professor 

Por PH Dias 



A frase citada na linha fina mostra um dos principais ensinamentos desse novo filme, de uma das maiores franquias históricas da cultura pop, que é a importância de aprender com o que já aconteceu e construir algo novo, através desse aprendizado. Nesse sentido, esse novo filme é mais ousado em dá mais vozes para os personagens novos da saga, como Rey, Finn e Poe Dameron. Porém, sem esquecer da importância de personagens antigos da saga.


Em termos de roteiro, Rian Johnson consegue se sair bem. O seu principal mérito é expandir e desenvolver cada vez mais os conceitos da série: o desenvolvimento sentimental dos personagens da nova geração, como também explorar os valores das “figuras antigas” da série. Ressalvas apenas para alguns personagens mal utilizados, como a Maz Kanata (Lupita Nyong'o), que aparece em uma única participação, diferente de O Despertar da Força em que tinha um papel de suma importância; O General Snoke (Andy Serkis) também é um personagem que os roteiristas desta nova trilogia não conseguiram levar adiante e neste filme não houve sequer uma história que explicasse  quem é o vilão. Essas adversidades não estragam o filme, até porque o propósito do longa-metragem é outro.

O elenco como um todo se sai muito bem. Mark Hamil (Luke Skywalker) consegue dar o tom necessário para um personagem totalmente contrariado com a sua ideologia Jedi. Mais sombrio, sem qualquer tipo de esperança com o destino da Galáxia, o ator passa isso de maneira muito satisfatória. Daisy Ridley (Rey) consegue desenvolver bem sua personagem, mostrando a sua insegurança com seus poderes, a dúvida que permeia ela em tentar encontrar uma forma de seguir seu próprio caminho. A atriz consegue dosar muito bem sua performance e se mostrar como uma futura estrela de Hollywood, se ela já não for uma. 

Os Últimos Jedi foi o último filme de Carrie Fisher antes do seu falecimento.

General Leia Organa (Carrie Fisher) consegue mostrar bem o seu peso, principalmente em cenas com o piloto da Resistência Poe Dameron (Oscar Isaac), em que fica claro a questão das gerações que o filme trata, destaque especial para Oscar que tem um bom desenvolvimento e ímpeto comportamental do seu personagem. Adam Driver (Kylo Ren) merece um grande destaque, já que o ator foi muito criticado pelos fãs por causa de sua atuação pelo primeiro filme dessa nova saga. Aqui ele consegue se sair bem e ao mesmo tempo surpreende pelas múltiplas camadas apresentadas e muito bem construídas do seu caráter. As partes primordiais que mostram o peso da sua atuação são as cenas dramáticas e a sua relação com a Rey, muito bem explicadas e planejadas pelo roteiro. O Finn (John Boyega) é o que sofre mais com a questão do desenvolvimento, já que ele é meio empurrado na trama e aos poucos vai sendo colocado na narrativa, contudo com alguns momentos bem trabalhados pelo ator, como os que provocam mais comédia.

As cenas de ação são feitas com uma plasticidade incrível. Steve Yedlin, diretor de fotografia, consegue captar os frames muito bem, com uma mistura de cores incríveis durante a trajetória do longa. Os melhores ângulos, paisagens, quadros, isso tudo da maneira mais excepcional possível, chegando ao ponto de se tornar uma grande experiência de imagem para os espectadores, com um destaque na batalha final. 


Kylo Ren e Rey aumentam a rivalidade em Os Últimos Jedi


Já Rian Johnson consegue filmar de maneira muito diferente a ação e algumas cenas de diálogos. Comparado aos outros filmes da série, consegue imprimir um ritmo e uma montagem nunca vistas antes e fascina as pessoas que acham que, estruturalmente falando, Star Wars é a mesma coisa. O diretor prova de maneira consistente, em alguns planos e cortes, que ele teve uma liberdade a mais. Entretanto, o maior mérito de Rian é conseguir fazer uma mistura perfeita entre o novo e o fan service, por exemplo: o uso da trilha sonora de John Williams.

No fim, Os Últimos Jedi consegue mostrar seu objetivo, que é o de entender como o passado pode ser importante para aprendermos a construir algo novo e seguir em frente em nossas vidas.

Um comentário:

  1. É um filme bom e muito interessante, sinto que história é boa, mas o que realmente faz a diferença é a participação de Adam Driver neste filme. Eu o vi recentemente em Lucky Logan Roubo em Família, você viu? A participação do ator foi fundamental. Adorei, pessoalmente eu acho que é um dos filmes de comedia mais assistidos que nos prende. A historia está bem estruturada, o final é o melhor! Sem dúvida a veria novamente, se ainda não tiveram a oportunidade de vê-lo, eu recomendo. Cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção.

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