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Duas mulheres, dois mundos em intensa colisão

Por Evandro Ferreira

O texto a seguir pode conter revelações sobre as séries Scandal e How To Get Away With Murder

Na ultima quinta-feira, 01, a rede de televisão norte-americana ABC presenteou os mais ávidos fãs do universo ShondaLand com um encontro explosivo entre Olivia Pope e Annalise Keating. O crossover entre as séries Scandal e How To Get Away With Murder agitou as redes sociais e como prometido pelos vídeos promocionais dos episódios foi de fato uma colisão entre dois mundos. 

Foram dois episódios, um para cada série, onde o tema era praticamente o mesmo: a redenção de duas personagens centrais que se desviaram de sua conduta original ao longo de suas próprias histórias. A grande diferença aqui é que, no caso de Scandal, o episódio será mais uma base de uma mudança de estratégia de atuação de Olivia Pope que perdeu o seu poder de influência na Casa Branca – vale lembrar ainda que essa série está na sua sétima e última temporada.

Já no caso de Annalise Keating, o motivo do encontro será apenas uma trama do enredo da série que tem muitas outras coisas acontecendo; é possível perceber no capítulo exibido na quinta que a série escrita por Peter Nowalk ainda tem muito fôlego pela frente. No mais, é possível entender que o encontro entre os dois mundos foi feito de forma com que cada história não perdesse a identidade própria de suas narrativas e sem que o a situação tivesse sido feita apenas para agradar os telespectadores sem dar profundidade aos fatos.

Em resumo, Annalise vai até Washington em busca da ajuda de Pope para levar uma ação judicial até a Suprema Corte. Com toda a influência da ex-estrategista política, a professora de Direito espera ajudar uma extensa lista de pessoas que não tiveram o julgamento correto no judiciário americano. Depois de um breve momento inicial de embate entre as duas, ambas passam a trabalhar juntas, movimentando políticos, imprensa, amigos e tudo que for possível que o objetivo inicial seja cumprido. O resultado de tudo isso é bom ver nos episódios.

O que mais vai chamar atenção nos dois capítulos é o ritmo acelerado em que tudo acontece; nada de tempo perdido, a marca de ambas as séries é isso mesmo, se piscar os olhos você perde um detalhe importante, tudo para prender você do inicio ao fim. 

Outro ponto extremamente relevante é a atuação de Viola Davis e Kerry Washington, Annalise e Olivia, respectivamente. Diálogos intensos com expressões de força e confusão, a entrega de ambas em seus papeis é algo bem relevante para que tudo ocorra como deve ser, mas sempre sem invadir o ambiente de ser de cada uma, além de dar espaço para os outros personagens. No final de tudo o que fica é uma incrível lição de sororidade entre as mulheres negras, o único pecado aqui é a forma fria e sem graça que as duas se despedem.

As noites de quintas-feiras na ABC são chamadas de TGIT (Thank God It's Thrursday), em uma tradução livre podemos dizer que a expressão quer dizer “graças a Deus é quinta-feira”. E de fato foi isso que muita gente disse depois de um dos encontros mais emblemáticos da televisão americana.

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