Marvel 10 anos - Parte 1: Os 5 piores filmes do UCM
Por Douglas Lucena e Léo Figueiredo
Outros pontos pouco
explorados no longa foram a personagem Maya Hansen, interpretada pela atriz
anglo-americana Rebecca Hall, e a tecnologia Extremis. A sensação que dá é que
ambos foram usados único e exclusivamente para projetar mais cenas de ação e
momentos de impacto emocional. Em nenhum momento, o roteiro se aprofunda em
explicações mais detalhadas.
1. Vingadores: Era de Ultron (2015)
A Marvel conseguiu passar para o
cinema a mesma sensação transmitida pelos quadrinhos: lançar grandes histórias
com frequência, apresentando heróis que fazem parte do mesmo universo e, em
determinado ponto, unindo-os em uma aventura épica para o desfecho de um arco.
E assim, em 2018, completou-se 10
anos que o público acompanha a jornada de heróis como Homem de Ferro, Capitão
América, Thor e o restante dos Vingadores. Para celebrar esse marco da nerdice
cinematográfica, o Caderneta Nerd inicia aqui seu especial Marvel 10 Anos. Essa postagem comemorativa será dividida em duas
partes, começando com os cinco filmes que, ao nosso ver, são os mais fracos do
UCM.
5. O Incrível Hulk (2008)
Foi o segundo filme do Gigante
Esmeralda, sem qualquer ligação com o longa de 2003. O público só fica ciente
de que o filme faz parte do UCM na cena pós-crédito, com a aparição de Tony
Stark conversando com o General Ross. Por não ser uma história de origem - e
sim de fuga - somos apresentados a um Bruce Banner que tenta se excluir do
mundo, enquanto o Governo o caça implacavelmente.
Aqui Bruce Banner é interpretado
por Edward Norton, ator com um
histórico difícil e que deu palpites na produção do filme. Além disso, o
roteiro acelerado e sem muita profundidade, os efeitos especiais que não
convencem e o vilão Abominável talvez tenham sido os responsáveis por fazer com
que O Incrível Hulk tenha a menor
bilheteria da Marvel até hoje.
4. Thor (2011)
Simplesmente o pior filme da
trilogia do Deus do Trovão. Visualmente, o filme é incrível. O design de Asgard
impressiona, as caracterizações dos personagens também não deixa a desejar. Anthony Hopkins para viver o Pai de
Todos foi um golaço da Casa das Ideias e o Tom
Hiddleston, como Loki, contracenando com seu pai adotivo, foram as melhores
cenas de todo o longa.
O problema começa quando o núcleo
muda de Asgard e desce em direção à Terra. Natalie
Portman (Jane Foster), Stellan
Skarsgard (Dr. Selvig) e Kat
Dennings (Darcy) simplesmente não conseguem convencer no quesito história. Além
do alívio cômico forçado pela personagem da Kat, é difícil engolir que apenas
alguns minutos de conversa ao redor de uma fogueira sejam suficientes para
convencer Thor a ser o protetor do planeta.
Em aspectos técnicos, o filme
peca em usar exageradamente o recurso “ângulo holandês”. As tomadas de cena na
diagonal são feitas, principalmente, para transmitir sensação de estranheza,
desequilíbrio e deslocamento ao telespectador. Funciona bem nas cenas onde o
Thor está na Terra, porém quando o diretor Kenneth
Branagh decide usar o recurso também nas cenas do Thor em Asgard (local
nada estranho para o personagem), o tom que fica é o de comicidade.
3. Thor: O Mundo Sombrio (2013)
Cumprindo a função essencial de
uma sequência, Mundo Sombrio é melhor
que o seu antecessor. No entanto, em comparação aos outros heróis da Casa das
Ideias, é um filme que continua deixando o Deus do Trovão à sombra dos demais.
O núcleo da Terra, apesar de funcionar bem, desta vez em perfeito equilíbrio
com o núcleo de Asgard, continua com o roteiro preguiçoso demais sobre a
personagem Jane Foster.. Os acontecimentos envolvendo suas pesquisas são uma
série de desculpas e conveniências numa tentativa frustrada de dar importância
a sua personagem.
Fora isso, tem um vilão
totalmente esquecível. Malekith, líder dos Elfos Negros, interpretado pelo
Christopher Eccleston, apesar de ser visualmente bonito, possui uma das piores
motivações possíveis para um filme de herói: trazer a completa escuridão ao
universo (coisa que, coincidentemente, já estava prestes a acontecer).
Motivação essa que só não é mais batida do que querer dominar o universo.
2. Homem de Ferro 3 (2013)
Apesar de ter sido um filme que
não decepcionou as críticas especializadas (62% de aprovação no Metacritic e
80% no Rotten Tomatoes), o mesmo não pode ser dito por parte do fãs. É quase
uma unanimidade que o terceiro longa solo do gênio, bilionário, playboy e
filantropo seja o pior de todo o UCM.
O problema começa com o vilão do
filme, Mandarim. A péssima adaptação do vilão dos quadrinhos para o filme não
foi nem um pouco aceita pelos fãs. Todo o misticismo e a magia envolvendo o
personagem foram deixados de lado para dar lugar a um ator contratado para se
passar por terrorista. Mesmo que no contexto do filme tenha feito sentido, a
descaracterização foi grande demais para passar despercebida.
1. Vingadores: Era de Ultron (2015)
Por último, temos o segundo filme
dos heróis mais poderosos da Terra. Vingadores:
Era de Ultron trazia consigo o desafio de ser melhor do que seu antecessor,
porém falhou nessa missão. O que nos é apresentado é exatamente o mesmo de
sempre: o vilão do filme, “criado” pelo Tony Stark, é uma inteligência
artificial que assume a forma de um robô e planeja destruir os Vingadores.
Com boas cenas de ação e tempos
de tela suficientes para os personagens (abro aqui um parêntese para a boa
sacada de proporcionar mais tempo de tela para o Gavião Arqueiro), tais coisas
não foram suficientes para levar o filme à grandeza que ele apresentava em seus
trailers. Isso nos leva a outro ponto negativo, do qual os fãs também
reclamaram bastante: muitas cenas dos trailers não estavam presentes no longa.
Enfim, isso não torna
necessariamente Vingadores: Era de Ultron
um filme ruim, longe disso. Sua adição nessa lista representa mais o sentido de
decepção da espera por um filme melhor que seu antecessor, quando na verdade,
foi apenas mais um filme “ok”.
Obs: Pensamos em colocar outros filmes, como Homem de Ferro 2 e Thor: Ragnarok. Quem sabe em outra oportunidade.
Nenhum comentário