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Marvel 10 anos - Parte 1: Os 5 piores filmes do UCM

Por Douglas Lucena e Léo Figueiredo 




A Marvel conseguiu passar para o cinema a mesma sensação transmitida pelos quadrinhos: lançar grandes histórias com frequência, apresentando heróis que fazem parte do mesmo universo e, em determinado ponto, unindo-os em uma aventura épica para o desfecho de um arco.

E assim, em 2018, completou-se 10 anos que o público acompanha a jornada de heróis como Homem de Ferro, Capitão América, Thor e o restante dos Vingadores. Para celebrar esse marco da nerdice cinematográfica, o Caderneta Nerd inicia aqui seu especial Marvel 10 Anos. Essa postagem comemorativa será dividida em duas partes, começando com os cinco filmes que, ao nosso ver, são os mais fracos do UCM.


5. O Incrível Hulk (2008)


Foi o segundo filme do Gigante Esmeralda, sem qualquer ligação com o longa de 2003. O público só fica ciente de que o filme faz parte do UCM na cena pós-crédito, com a aparição de Tony Stark conversando com o General Ross. Por não ser uma história de origem - e sim de fuga - somos apresentados a um Bruce Banner que tenta se excluir do mundo, enquanto o Governo o caça implacavelmente.


Aqui Bruce Banner é interpretado por Edward Norton, ator com um histórico difícil e que deu palpites na produção do filme. Além disso, o roteiro acelerado e sem muita profundidade, os efeitos especiais que não convencem e o vilão Abominável talvez tenham sido os responsáveis por fazer com que O Incrível Hulk tenha a menor bilheteria da Marvel até hoje.

4. Thor (2011) 




Simplesmente o pior filme da trilogia do Deus do Trovão. Visualmente, o filme é incrível. O design de Asgard impressiona, as caracterizações dos personagens também não deixa a desejar. Anthony Hopkins para viver o Pai de Todos foi um golaço da Casa das Ideias e o Tom Hiddleston, como Loki, contracenando com seu pai adotivo, foram as melhores cenas de todo o longa.

O problema começa quando o núcleo muda de Asgard e desce em direção à Terra. Natalie Portman (Jane Foster), Stellan Skarsgard (Dr. Selvig) e Kat Dennings (Darcy) simplesmente não conseguem convencer no quesito história. Além do alívio cômico forçado pela personagem da Kat, é difícil engolir que apenas alguns minutos de conversa ao redor de uma fogueira sejam suficientes para convencer Thor a ser o protetor do planeta.

Em aspectos técnicos, o filme peca em usar exageradamente o recurso “ângulo holandês”. As tomadas de cena na diagonal são feitas, principalmente, para transmitir sensação de estranheza, desequilíbrio e deslocamento ao telespectador. Funciona bem nas cenas onde o Thor está na Terra, porém quando o diretor Kenneth Branagh decide usar o recurso também nas cenas do Thor em Asgard (local nada estranho para o personagem), o tom que fica é o de comicidade.

3. Thor: O Mundo Sombrio (2013)


Cumprindo a função essencial de uma sequência, Mundo Sombrio é melhor que o seu antecessor. No entanto, em comparação aos outros heróis da Casa das Ideias, é um filme que continua deixando o Deus do Trovão à sombra dos demais. O núcleo da Terra, apesar de funcionar bem, desta vez em perfeito equilíbrio com o núcleo de Asgard, continua com o roteiro preguiçoso demais sobre a personagem Jane Foster.. Os acontecimentos envolvendo suas pesquisas são uma série de desculpas e conveniências numa tentativa frustrada de dar importância a sua personagem.


Fora isso, tem um vilão totalmente esquecível. Malekith, líder dos Elfos Negros, interpretado pelo Christopher Eccleston, apesar de ser visualmente bonito, possui uma das piores motivações possíveis para um filme de herói: trazer a completa escuridão ao universo (coisa que, coincidentemente, já estava prestes a acontecer). Motivação essa que só não é mais batida do que querer dominar o universo.


2. Homem de Ferro 3 (2013)




Apesar de ter sido um filme que não decepcionou as críticas especializadas (62% de aprovação no Metacritic e 80% no Rotten Tomatoes), o mesmo não pode ser dito por parte do fãs. É quase uma unanimidade que o terceiro longa solo do gênio, bilionário, playboy e filantropo seja o pior de todo o UCM.

O problema começa com o vilão do filme, Mandarim. A péssima adaptação do vilão dos quadrinhos para o filme não foi nem um pouco aceita pelos fãs. Todo o misticismo e a magia envolvendo o personagem foram deixados de lado para dar lugar a um ator contratado para se passar por terrorista. Mesmo que no contexto do filme tenha feito sentido, a descaracterização foi grande demais para passar despercebida.

Outros pontos pouco explorados no longa foram a personagem Maya Hansen, interpretada pela atriz anglo-americana Rebecca Hall, e a tecnologia Extremis. A sensação que dá é que ambos foram usados único e exclusivamente para projetar mais cenas de ação e momentos de impacto emocional. Em nenhum momento, o roteiro se aprofunda em explicações mais detalhadas. 

1. Vingadores: Era de Ultron (2015)


Por último, temos o segundo filme dos heróis mais poderosos da Terra. Vingadores: Era de Ultron trazia consigo o desafio de ser melhor do que seu antecessor, porém falhou nessa missão. O que nos é apresentado é exatamente o mesmo de sempre: o vilão do filme, “criado” pelo Tony Stark, é uma inteligência artificial que assume a forma de um robô e planeja destruir os Vingadores.

Com boas cenas de ação e tempos de tela suficientes para os personagens (abro aqui um parêntese para a boa sacada de proporcionar mais tempo de tela para o Gavião Arqueiro), tais coisas não foram suficientes para levar o filme à grandeza que ele apresentava em seus trailers. Isso nos leva a outro ponto negativo, do qual os fãs também reclamaram bastante: muitas cenas dos trailers não estavam presentes no longa.

Enfim, isso não torna necessariamente Vingadores: Era de Ultron um filme ruim, longe disso. Sua adição nessa lista representa mais o sentido de decepção da espera por um filme melhor que seu antecessor, quando na verdade, foi apenas mais um filme “ok”.



Obs: Pensamos em colocar outros filmes, como Homem de Ferro 2 e Thor: Ragnarok. Quem sabe em outra oportunidade.

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