Marvel 10 anos - Parte 2: Os 5 melhores filmes do UCM
Por Douglas Lucena e Léo Figueiredo
Durante sua primeira década nos
cinemas, a Marvel ganhou espaço e fama não apenas por conectar seus filmes. A
qualidade, muitas vezes, falou mais alto, e neste quesito não estamos falando
somente do humor característico: o tom, a maneira como os personagens são
desenvolvidos, a importância do enredo para o UCM e também para a cultura pop
são fatores que contribuíram para a existência desta lista.
Na segunda parte do especial
Marvel 10 anos, o Caderneta Nerd enumera agora os 5 filmes mais relevantes da
Casa das Ideias em seus primeiros dez anos. A escolha, por mais óbvia que seja,
foi mais difícil que a lista anterior. A seguir, os cinco filmes que, na nossa
opinião, deixaram marcas significativas no Universo Cinematográfico da Marvel.
OBS: A lista não está em ordem de
importância, e sim de lançamento.
5) Homem de Ferro (2008)
O primogênito. O primeiro filme
de toda a saga. Aquele responsável por desencadear o sucesso da Marvel e tirar
do fundo do baú um personagem que, nos quadrinhos, estava no grupo seleto dos
heróis classe D. Dirigido por Jon
Favreau, Homem de Ferro foi
sucesso de bilheteria e de críticas, as quais elogiavam com louvor o desempenho
de Robert Downey Jr. como Tony
Stark. O personagem foi um marco na carreira do ator, transformando-o no astro
com o salário mais exorbitante de Hollywood.
O roteiro é alicerçado na
estrutura básica da origem de um herói, mas as cenas de ação, os efeitos
visuais que enalteceram a armadura e o carisma de Downey ganharam o público. Na
cena pós-crédito, vemos Nick Fury recrutando Stark para a Iniciativa
Vingadores, revelando o planejamento prévio da Marvel desde o começo.
4) Vingadores (2012)
Se Homem de Ferro foi o ponto de largada para a Fase 1 do UCM - e,
diga-se de passagem, não fez feio - era preciso encerrar esse primeiro ciclo de
forma apoteótica. A essa altura, a Marvel já havia apresentado os principais
naipes do seu baralho, com cada herói tendo um filme solo. Agora era a hora de
tirar o ás da manga e realizar a proeza de unir todos eles no mesmo filme.
E foi assim que, em 2012, a
Iniciativa Vingadores, a mesma citada por Nick Fury na cena pós-crédito de Homem de Ferro em 2008, entrou em cena.
Dirigido e roteirizado por Joss Whedon,
Vingadores não só cumpriu o desafio
de equilibrar o tempo dos heróis em tela, como também apresentou uma história
coesa e possível de agradar o público de todas as faixas etárias. A bilheteria
passou de 1 bilhão mundialmente e o filme ficou por muito tempo na lista dos
cinco mais vistos na história, ficando atrás de Titanic e Avatar.
Na cena no meio dos créditos, é
revelado quem esteve por trás da invasão à Nova York: Thanos. E, para os fãs
conhecedores do assunto, já estava claro que viria a seguir a Saga do Infinito.
Pouco tempo depois, para corroborar as suspeitas, foi declarado que o Tesseract
e a pedra no cetro de Loki eram Joias do Infinito. A Marvel, mais uma vez,
estava pavimentando seu caminho e abrindo o horizonte para um futuro
glorioso.
3) Capitão América: Guerra Civil (2016)
Abrindo a Fase 3 no maior estilo
possível, o terceiro filme “solo” do Capitão América foi um sucesso estrondoso
de crítica e bilheteria. Guerra Civil,
dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo, cumpriram com maestria a difícil
missão de “unir” os heróis mais poderosos da terra contra… eles mesmos?!
O longa aborda as consequências
diretas dos acontecimentos de Vingadores:
Era de Ultron. Em decorrência do rastro de destruição deixado pelo robô
criado por Tony Stark, o governo passa a questionar as atitudes dos heróis e
resolve que todos deveriam se registrar oficialmente, numa tentativa de conter
estragos e que conflitos como esse possam trazer no futuro. De um lado, temos o
Capitão América que se posiciona contra a medida, sob a prerrogativa de que tal
lei poderia expor a identidade dos heróis e comprometer o bom funcionamento da
equipe em seu trabalho de proteger o planeta. Do outro lado, temos o Homem de
Ferro, que crê que a melhor saída seja trabalhar junto com o governo.
Com os heróis já apresentados até
agora, lados são tomados e uma guerra civil se inicia. O filme traz consigo uma
das melhores cenas de batalha entre heróis já feita para as telinhas, a batalha
do aeroporto. Com um visual impecável, enredo muito bem escrito e personagens
de destaque (olá, Homem Aranha e Pantera Negra), Capitão América: Guerra Civil é, com certeza absoluta, um dos
melhores filmes da Marvel até agora.
4) Pantera Negra (2018)
Estreando sua participação no UCM
em Guerra Civil, pouco se sabia sobre
o Pantera Negra e a nação de Wakanda. E foi de fato melhor deixar o suspense no
ar, pois o filme, além de ser o mais sério da Marvel desde O Soldado Invernal, arrebatou multidões. Dirigido por Ryan Coogler, podemos conhecer os
aspectos de Wakanda e suas tribos - atrelados a uma trilha sonora bastante
marcante, e acompanhar o percurso de T’Challa (Chadwick Boseman) para se tornar Rei.
Porém, o que mais
reverberou em Pantera Negra talvez tenha sido seu vilão e toda a carga social e
política que o moldou. Killmonger (Michael
B. Jordan), em sua jornada por justiça, chega quebrando tudo com críticas
ao preconceito e à maneira como os governos lidaram com seus antepassados. Sua
fala final é impactante e já é unânime entre os fãs que ele se consagrou como um
dos melhores vilões do UCM.
5) Vingadores: Guerra Infinita (2018)
Como diria o ditado popular: a
cereja do bolo. A pedra angular para a qual todos os filmes apontavam. Vingadores: Guerra Infinita, dirigido
pelos irmãos Russo, vem como a primeira parte da épica conclusão da Fase 3 do
UCM e, claro, se consolidar como o melhor filme da Casa das Ideias até hoje.
O filme é basicamente a jornada
do herói (?) de Thanos, narrando sua trajetória de conseguir todas as Joias do
Infinito para alcançar seu maior objetivo: destruir metade do universo. Além
disso, o longa ainda conta um pouco de sua história no passado e seu
relacionamento com suas filhas Gamora e Nebula. Josh Brolin, ator que dá vida ao personagem, consegue com sucesso
nos passar o carisma necessário para compreender o lado do vilão e nos fazer
até mesmo gostar dele. Será definitivamente um dos antagonistas inesquecíveis
do UCM, ao lado do Loki e Killmonger.
Vingadores: Guerra Infinita trabalha bem os seus núcleos e consegue
fazer com que os espectadores sintam que estão assistindo diversos filmes
diferentes em um só: por momentos, nos sentimos vendo um filme dos Guardiões da
Galáxia nas cenas protagonizadas pelo Peter Quill e companhia; em outros, nos
sentimos dentro de Pantera Negra,
quando acompanhamos a Batalha de Wakanda.
Por fim, com seu final escuro e até
apocalíptico, o filme além de deixar o caminho pronto para o final com
Vingadores 4, ainda aponta rumos para os próximos filmes da nova fase do UCM.
Só nos resta agora esperar.
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