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Vingadores: Ultimato encerra uma saga com nostalgia

Fortes emoções marcam o confronto final da Saga do Infinito 

POR GERMANO FREITAS

Pôster de Vingadores: Ultimato (Foto: Divulgação)

O quarto filme dos heróis mais poderosos da Terra chegou aos cinemas com duas missões: finalizar a saga do titã louco e superar os já incríveis resultados de Guerra Infinita. O resultado é uma obra que desenvolve o impacto do estalar de dedos, mostrando ao público o drama de cada herói, expondo essas pessoas, mas também impressionando com ótimas cenas de ação e divertindo com nostalgia aos onze anos do Universo Marvel.

O enredo começa pouco após os eventos finais do filme predecessor, a trama começa com a mesma carga dramática, poucas vezes utilizada pela Marvel Studios. O que se destaca no longa-metragem é a sua fuga a fórmula que nos acostumamos dentro do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), mesmo com alívios cômicos, o perigo é sempre tangível e nunca esquecido.

Durante toda a narrativa, cenas e frases remetem aos filmes de origem, numa metalinguística de referências ao próprio universo. Essa memória é tanto um mecanismo de agrado aos fãs , como também uma ferramenta de enredo, que não ignora mágoas ainda mais antigas, como a de Steve Rogers (Chris Evans) e Tony Stark (Robert Downey Jr), que não se encontram desde o embate final de Guerra Civil.

Após ficar preso no reino quântico, o Homem Formiga, Scott Lang (Paul Rudd), é um guia para o público, uma forma de sermos apresentados ao mundo quase pós-apocalíptico. Entre os heróis ausentes no primeiro confronto, Clint Barton (Jeremy Renner), aposentado do Gavião Arqueiro, é o melhor encaixado e sua presença nos traz mais da relação dele com Natasha Romanoff (Scarlett Johansson).

Já a participação de Carol Danvers (Brie Larson), a Capitã Marvel, deixa a desejar pelo roteiro. Apesar da boa justificativa, fica a impressão de um problema de logística com a personagem, uma vez que esta teve suas cenas gravadas ainda antes das filmagens do filme de origem.

Em relação ao titã Thanos (Josh Brolin), dessa vez fica em segundo plano, mas nunca sendo esquecido. Por boa parte do filme o personagem se mantém no enredo através da marca de seus atos. Mas quando ele encara a persistência dos terráqueos, fica mais perigoso do que antes e decidido a derrotar os Vingadores de forma definitiva.

O filme traz uma mistura de emoções ao longo da narrativa. O drama inicial deixa um ambiente pesado e gera preocupação com aqueles heróis. Em boa parte do longa, não temos certeza como ou se as coisas podem melhorar. As cenas de ação, já características dos diretores Anthony e Joe Russo, são de simples entendimento, mas muito bem elaboradas, e muito empolgantes.

Vingadores: Ultimato entrega o fechamento que a saga merece, tornando difícil para os fãs mais envolvidos não se emocionarem. Apesar das várias possibilidades para o futuro, o filme não possui cena pós-créditos, estabelecendo um encerramento da construção dos últimos onze anos. O final épico para os heróis mais poderosos da Terra só pode ser tão grande quanto todas as suas conquistas.

Vingadores, avante!

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