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CUSCUZ HQ VI: PALESTRA SOBRE WOLVERINE É UM DOS DESTAQUES DO EVENTO

Por Leonardo Figueiredo 



Muitas pessoas conhecem o personagem Wolverine apenas como um integrante da equipe X-Men, que luta ferozmente contra seus inimigos com suas garras de adamantium e se utiliza de um fator de cura que o impede de envelhecer. A organização da 6ª edição do Cuscuz HQ, que ocorreu no dia 5 de agosto no Instituto Metrópole Digital (IMD) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, preparou uma palestra sobre a biografia de Wolverine e quem não foi perdeu a chance de conhecer um dos personagens mais importantes da Marvel.

A palestra foi ministrada por Sidcley Rodrigues Amaral, bacharel em Direito, capitão da Polícia Militar e nerd declarado. Em entrevista ao Caderneta Nerd, Sidcley contou que sua relação com Wolverine nasceu desde à infância, quando criou o prazer em ler por meio dos quadrinhos. Sua paixão pelo personagem e os quadrinhos é bastante perceptível, uma vez que levou para o evento uma mala repleta de revistas da sua coleção dos X-Men.

Apesar de ser um personagem também conhecido por sua brutalidade, a qual se exprime em uma de suas frases mais famosas – “Sou o melhor naquilo que faço, mas o que faço não é nada bonito” –, Wolverine está em quarto lugar na lista dos heróis mais populares do mundo, segundo o site IGN. Sidcley tem uma teoria para esse fenômeno.


“O Wolverine é um personagem sombrio e violento, mas o público se identifica porque ele tem muitos conflitos pessoais e emocionais. E apesar de todos os problemas e sofrimentos que ele enfrenta durante sua vida, procura sempre fazer a coisa certa. Embora seja agressivo contra um adversário, é um homem que tem um bom coração. Então todo mundo tem uma empatia por ele por já ter passado por situações ruins e problemas parecidos, e assim como o Wolverine, procura ser uma pessoa melhor”, analisou. 
O Wolverine de John Byrne
Nos quadrinhos, Wolverine surgiu como um adversário do Hulk em 1974. Foi somente em seguida que ele entrou para os X-Men e, graças a John Byrne, que tinha um cuidado especial com o mutante, o personagem começou a ganhar destaque nas histórias. Muitas capas, inclusive, exaltavam o protagonismo de Wolverine e o seu valor dentro da equipe, e é claro que o cinema pegou um pouco dessa influência.

“Quando saiu o filme em 2000, já havia se passado quase 30 anos de histórias de X-Men com o Wolverine. E daí o personagem, pelo seu comportamento e personalidade singular, já era o mais destacado da equipe. Quando surgiu o desenho animado em 1992 e o filme em 2000, ele já vinha nessa onda de carisma tremendo”, relembrou Sidcley.

Ainda que seja fã do personagem, Sidcley admite que os filmes erraram em focar mais no Wolverine; por se tratar de uma equipe, os demais personagens também mereciam um espaço. E, em sua opinião, Logan, o último filme do personagem interpretado por Hugh Jackman, foi quase perfeito, pois os vilões, os Carniceiros, são subaproveitados; nos quadrinhos eles são inimigos ferrenhos de Wolverine e chegam ao ponto de crucificá-lo.


Outras curiosidades que foram apresentadas na palestra de Sidcley é que Logan é o nome da montanha mais alta do Canadá, ou seja, um grande nome para um personagem que mede 1,60 de altura; a palavra Wolverine vem de um animal selvagem, também conhecido como carcaju, cujas algumas características foram atribuídas ao mutante. Em suma, a palestra foi muito bem elogiada e fez a plateia admirar Wolverine com mais profundida. De fato, um personagem que, após tanto sofrimento, é digno de ser lembrado por muito tempo. 

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