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O Corredor Geek no Cuscuz HQ

Por Beatriz Nascimento 


Foto: Ricarla Nobre

A 6° edição do Cuscuz HQ, que ocorreu no sábado 05 de agosto, lotou todo um corredor do primeiro andar do prédio IMD - Instituto Metrópole Digital da UFRN, com diversas mesas que fizeram o papel de estandes para atender a todos os públicos do mundo geek, contemplando desde quadrinhos e videogames a action figures e miniaturas.

Algumas exposições estavam acontecendo pela primeira vez enquanto outras estavam ali pela sexta vez, mantendo a tradição de participar de todas as edições do evento. Luiz Cláudio, por exemplo, é servidor público, colecionador de miniaturas, action figures e participa do evento desde a sua primeira edição, sendo esta a sua primeira vez com uma mesa de exposição para sua coleção de miniaturas.

Sua primeira aquisição foi em 2003, sendo ela uma miniatura eaglemoss do Homem-Aranha. Luiz é colecionador há cinco anos e já tem uma coleção com cerca de 768 miniaturas. A ideia de expor as miniaturas e actions figures surgiu em uma das reuniões mensais que ele participa com outros colecionadores, por isso nessa edição só duas pessoas puderam comparecer ao evento com suas coleções, mas ele acredita que nos próximos eventos a exposição será muito maior.


Entre as lojas e artistas que estavam presentes, o Caderneta Nerd conversou com a Pandora Geek, Império Geek Store, Coletivo Quadro Nove, Sonho Nerd e Tapioca Geek.

Corredor cheio. Foto: Ricarla Nobre. 

Representando a Pandora Geek, conversamos com Tiago Gomes, um comerciante de quadrinhos de 33 anos. Ele contou que começou a trabalhar há 6 meses com quadrinhos, mas é colecionador desde os seus 12 anos de idade e por isso já conhece as preferências do público por ser o próprio público do seu negócio.  

Essa edição do Cuscuz HQ é a sua segunda participação no evento e quando ele é questionado sobre as expectativas para o futuro, conta que acredita que as vendas irão aumentar, pois as pessoas estão percebendo que a leitura dos quadrinhos ajuda muito, principalmente na didática.

Para falar sobre a Império Geek Store, conversamos com Daniel Barros, 27 anos, sócio da império. Ele revela que essa foi a sua primeira vez no Cuscuz HQ e ele afirmou que achou tudo muito interessante e foi uma experiência muito legal, já que conseguiram vender mais do que esperavam e atender a diversos públicos diferentes. Apesar da loja ser muito jovem e só completar um ano em setembro, já está dando muito certo, tanto que já participaram de grandes eventos do mundo geek, como o SAGA, por exemplo.

Para representar o Coletivo Quadro 9, conversamos com o Leander Moura, 33 anos, artista visual e quadrinista. Ele nos conta que o coletivo é composto por um grupo de artistas que se uniu para produzir quadrinhos mais voltados para o público adulto com histórias mais existencialistas, sendo algumas de terror. O trabalho mais recente do grupo foi uma adaptação do livro de terror do Márcio Benjamin, o “Maldito Sertão”, no qual eles pegaram o cerne da história que gira em torno dos personagens do folclore nacional e transportaram para o papel a imagem e o que já tinha no texto do próprio Benjamin. Para o futuro, eles têm planos para o lançamento de uma ficção científica que se passa em Natal, em alguns anos a frente.


Sendo essa a segunda participação deles no Cuscuz HQ, ele relata que a maior dificuldade no meio independente é a questão de distribuição dos produtos, porque “você acaba tendo que divulgar no boca a boca, mas a tendência é correr atrás e não deixar a peteca cair”. 

Foto: Ricarla Nobre.

Representando o Sonho Nerd, entrevistamos a Geane Grilo, 32 anos, bióloga e entusiasta de vídeo games antigos. Ela e seu namorado montaram uma microempresa em que trabalham com a parte manual, ela fazendo chaveiros e ele videogames. Alguns dos videogames que estavam na exposição continham mais de 700 jogos e alguns haviam sido restaurados enquanto outros foram construídos do zero. Ela relata que a parte artesanal é como um desopilante e conta que começou a fazer chaveiros mais palpáveis para ajudar deficientes visuais a identificarem os detalhes do chaveiro, “porque ele pode sentir e saber a diferenciação. Eu penso desde à criança ao deficiente visual.”

E para falar da Tapioca Geek, conversamos com a Natalia, 31 anos, terapeuta ocupacional, que nos contou que entrou nesse mundo por amor e para fazer parceria com o seu esposo. Eles criaram a loja física e virtual e trabalham sempre em parceria com patrocinadores, como a Pandora, Multiverse Geek e Sebo no Branco. E essa é a sexta vez que eles participam do evento.

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