Cuscuz HQ: Museu do Vídeo Game traz modelos internacionais para o evento
Por Ricarla Nobre e Vitória Laís
Você já parou para pensar que no
futuro um PlayStation 4 pode ser a coisa mais estranha do mundo? Pois é! A
empresa Windows, como uma das maiores da área de videogames, por exemplo, já
declarou que é bem possível que as gerações de consoles cheguem ao fim. Ou
seja, em anos vindouros visitar um museu de consoles, poderá ser uma verdadeira
aula de história às próximas gerações.
O Cuscuz HQ contou com um espaço
reservado para mostrar diversos aparelhos de videogames antigos com
exclusividade - já que foi a primeira exposição apenas de modelos importados
aqui no estado. Foram trazidos para o local os videogames considerados mais
raros, e a seleção foi influenciada pelas características do espaço, apontado
como pequeno.
| Foto: Ricarla Nobre |
Glidio, 46, é o criador do Museu
do Vídeo Game Potiguar. Ele afirmou ter sido inspirado por dois amigos que
pensavam em criar tal projeto em 1996. Foi só em 2013 que resolveu resgatar a
ideia após ver uma iniciativa parecida em um programa de TV do Ceará. Sendo
assim, começou com um canal com sua esposa no YouTube, falando e entrevistando
pessoas a respeito de games.
No ano seguinte eles estavam com
22 peças da sua coleção pessoal e o número foi aumentando com outros
colaboradores. Chegaram a quantidade de 200 consoles, porém houve uma redução,
e hoje a coleção possui 165, sendo ainda a maior do Rio Grande do Norte. A
equipe atualmente conta com um grupo de colecionadores com cerca de 15 pessoas.
O projeto já completou 3 anos e
marcou presença no Cuscuz HQ pela segunda vez. Hoje eles contam com um suporte
no Estados Unidos para comprar peças e trazer para o Brasil, buscando maior
custo-benefício na aquisição dos aparelhos. O que infelizmente não elimina o
fato do projeto ser caro, já que quanto mais antigo, raro, e velho é o
equipamento, mais altos são os custos.
| Equipe do museu no evento. Foto: Ricarla Nobre. |
Glidio também comentou, em entrevista para a nossa equipe,
sobre o interesse do público aqui do estado em trabalhos como o que vem
realizando:
“Tem muito para melhorar, o que faltam são oportunidades e
divulgação. O nosso projeto já deu espaço para várias pessoas, tanto
participando de eventos de cultura pop, quanto dando espaço para escultores que
trabalham com sucatas de computadores para criar robôs”.
| Glidio em entrevista. Foto: Ricarla Nobre. |
O criador do projeto ainda
criticou o interesse do público focado em valorizar apenas “as coisas de fora”,
e deixa um conselho “Não desista, apesar das portas na cara. Porque vem outro e
faz, ou como no nosso caso não faz, até hoje não temos concorrência”.
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