Hereditário - Crítica
Por Marco Veppo
A morte é o elemento que os
espectadores mais têm medo. Hereditário,
portanto, já inicia com a morte da mãe de Annie Graham (interpretada por Toni Collete) e se desenrola a partir
da descoberta de segredos da família. O longa está em cartaz nos cinemas e está
sendo super elogiado - com direito a comparações do tipo “o novo Exorcista” -
faturando, no seu primeiro final de semana, cerca de 13 milhões de dólares. A
trama do filme gira em torno da depressão da personagem de Toni Collete e o
quão psicologicamente transtornada ela está após descobrir certos fatos
macabros dos seus antepassados, refletindo suas perturbações na sua família.
Aliás, a performance da atriz não deixa a desejar; ela tem a responsabilidade
de interpretar uma mulher que está perdendo sua sanidade mental, mas ao mesmo
tempo não parece delirar - isso porque o roteiro nos mostra que Annie possui
razão sobre os fatos sinistros que estão ocorrendo na sua vida.
O filme conquista logo na
primeira cena: um plano-sequência que se aproxima de um dos quartos de uma
casa-maquete e se transforma no quarto real de Peter Graham (Alex Wolff) tudo acompanhado de uma
suave trilha sonora de suspense. Conquista porque, além de nos apresentar
elementos da narração, a cena é esteticamente linda. Créditos ao diretor e
também roteirista Ari Aster, que
possui uma breve carreira, mas um possível grande futuro.
Vale ressaltar também a
fotografia do filme, dirigida por Pawel
Pagorzelski, que através da escuridão ao redor da família, da utilização de
elementos macabros e perturbadores - ao mesmo tempo que silencia aspectos
visuais -, aumenta a tensão e o suspense do filme. Falando em silêncio,
destaque para a forma como ele é usado no longa, não só visualmente, mas também
na falta de som. Isso porque, por não nos mostrar o que queremos ver e
trabalhar somente com expressões dos atores, o filme deixa o espectador
imaginar o que está ocorrendo, deixando as cenas muito mais tensas, sem, por exemplo,
necessitar o uso dos famosos “jump scares”.
Há algo de muito estranho nesta família. |
Além da ótima atuação de Toni
Collete, o elenco é bastante completo e funciona bem. Milley Shapiro, como Charlie Graham e Alex Wolff, como Peter
Graham, entregam ao público boas atuações para personagens complexos. A
primeira é uma menina totalmente macabra, mas diferente dos clichês dos filmes
de terror, que possui problemas mentais e trejeitos que perturbam os
espectadores. O segundo é um jovem que ao longo do filme absorve a insanidade
da mãe e perde qualquer tipo de felicidade da adolescência.
Hereditário é um longa que vale a pena assistir, mesmo tendo muito
desgosto por filmes de terror. A dúvida e o questionamento que o espectador tem
ao longo da história e, principalmente, no desfecho, causam um suspense
pós-crédito, com uma sensação de irresolução e com um pensamento que é levado
para casa: “o que eu acabei de assistir?”.
É das melhores do seu gênero. Tem protagonistas sólidos e um roteiro diferente, se tem uma coisa que eu não gosto nos filmes de terror atuais, são os screamers, e o que eu mais gosto é o terror psicológico, depois de vê-la você ficara com algo de medo. Os filmes de terror são meus preferidos, é o melhor. Meu favorito é It: A coisa acho que o novo Pennywise é muito mais escuro e mais assustador, Bill Skarsgård é o indicado para interpretar o palhaço. It: A coisa é realmente uma história muito interessante, uma das melhores de Stephen King, o clube dos perdedores é muito divertido e acho que os atores são muito talentosos. Já quero ver a segunda parte.
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