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Cinco anos de Xbox One

Liderados por Phil Spencer, a Microsoft viveu uma montanha russa em diferentes pontos na atual geração de consoles 

Por Luiz Gustavo Ribeiro 

Phil Spencer durante o lançamento do Xbox One X e do Xbox One S.

O sucesso do Xbox 360 trouxe a Microsoft de volta ao topo do mundo dos games. Em 22 de novembro de 2013, a empresa americana lançou o Xbox One no Brasil, com a missão de dar prosseguimento ao sucesso de seu antecessor. Representante da oitava geração, o console apostou no serviço multimídia como principal trunfo para o mercado. 

Os primeiros momentos que antecederam o lançamento do Xbox One não tiveram a receptividade esperada pelos comandantes da Microsoft. Inicialmente, a proposta apresentava a necessidade de estar sempre vinculado à internet para o funcionamento do console. Além disso, a política dos jogos físicos e digitais na conectividade, criando uma série de restrições sobre o gerenciamento de direitos sobre as aquisições. Após o incômodo dos consumidores e da indústria dos games, o regime foi invertido e foram solucionados antes do lançamento, voltando ao padrão do Xbox 360. 

Em relação à estrutura física, o Xbox One dividiu opiniões em relação ao tamanho e a fonte externa. O controle seguiu o padrão da marca, com melhorias notáveis sobre o antecessor. O ponto que menos agradou foi a manutenção das pilhas, enquanto a maioria dos consumidores esperava o sistema com bateria - que pode ser adquirido separadamente. O novo kinect não teve a mesma usabilidade da primeira versão. Sem muitas novidades, a ferramenta caiu no esquecimento e praticamente foi extinguida da comunidade com o lançamento de novas versões do One. 

Se por fora o Xbox One dividiu opiniões, por dentro o sistema foi um sucesso praticamente unânime entre os consumidores. Com belas interfaces, a usabilidade ficou caracterizada como dinâmica e intuitiva, sem abrir mão da beleza estética. Durante os cinco anos, a Microsoft investiu forte no poder do hardware do console e promoveu diversas melhorias. A conectividade surpreendeu em diversos aspectos, evoluindo até ao Windows 10 com o “Play Anywhere”. 

Atualmente, um dos pontos mais fortes do Xbox One são os serviços de assinatura disponíveis, como: Live Gold, Game Pass e EA Access. Os serviços foram desenvolvidos ao longo dos anos e com originalidade, apresentam formas alternativas de adquirir grandes jogos. Em especial o Game Pass, visto como a “Netflix” dos games que apresenta mais de 100 jogos em seu catálogo, entre eles, lançamentos recentes como Forza Horizon 4.

Forza Horizon é a franquia de corrida que mais se destacou na nesta geração.

A Microsoft também apostou no saudosismo e acertou em cheio. A retrocompatibilidade trouxe clássicos do primeiro Xbox e do Xbox 360 de volta. Diferente da remasterização, que dividiu opiniões na geração atual, a retrocompatibilidade trouxe a mesma experiência das gerações anteriores. 

No quesito dos jogos exclusivos, a empresa americana apostou em velhas franquias como Halo e Gears of War. Doutrinou nos jogos de corrida com as franquias Forza Motorsport e em especial, Forza Horizon considerado por muitos como a melhor franquia do estilo na atualidade. Além disso, teve o sucesso de Cuphead. Porém, o One dividiu opiniões com o modelo dos lançamentos e a falta de grandes nomes na atualidade. 

Após cinco anos de Xbox One, a Microsoft saiu na frente na corrida da futura geração. O console mais poderoso do mundo foi batizado como Xbox One X, um deleite antecipado do futuro dos games. O One X é 40% mais potente do que qualquer outro console e tem gráficos em 4k, apresentando detalhes mais realistas aos jogos. 

Minhas experiências

Há pouco mais de quatro anos com um Xbox One, hoje me sinto totalmente satisfeito com a escolha feita. Diferente da maioria das pessoas que escolhem algum dos consoles que disputam o topo do mercado, eu não visei o One pelos jogos exclusivos. Na verdade, esse é um ponto importante que nunca foi prioridade na minha vida de gamer. 

O sistema e os serviços são as coisas mais me cativaram durante todo esse tempo. Ao longo dos anos, a Live Gold e o EA Access me fizeram economizar bastante dinheiro com jogos. O primeiro com os quatro jogos por mês, sendo dois de Xbox 360, e o segundo com uma lista dos jogos da desenvolvedora de jogos como Fifa, The Sims e Mass Effect. Além desses serviços, o Game Pass é mais recente e se mostrou uma grande alternativa para os consumidores, trazendo grandes jogos, incluindo lançamentos.

Quantum Break contou com atores consagrados em seu elenco como o protagonista Shawn Ashmore (Jack Joyce).

O exclusivo que eu tenho mais apreço é sem dúvidas o Forza Horizon, de longe o melhor jogo de corrida da geração (e sim, eu joguei os últimos Need for Speed, The Crew e por aí vai). Apesar da qualidade das franquias tradicionais, o jogo que mais me interessou foi Quantum Break, com o potencial de ser o maior nome da geração, o game dividiu opiniões, mas sinceramente ganhou meu coração.

Master Chief voltará aos consoles em Halo Infinte.

Após o One, eu garanto que não pretendo mudar de lado na próxima geração, na verdade espero poder ter os dois consoles, mas a prioridade seguirá com a Microsoft. Por enquanto, não existe divulgação dos próximos projetos, mas acredito que coisas boas virão para os dois lados. Alguns membros da imprensa acreditam que o Halo Infinite, que foi anunciado neste ano, deve ser o primeiro exclusivo da próxima geração. Até então, a expectativa é que ele seja o responsável por fechar a franquia no One, mas sem muitos detalhes sobre o futuro.   

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