O curta "No Fim de Tudo" tem pré-estreia na UFRN
Por Beatriz Nascimento e Ricarla Nobre
O curta-metragem conta a história da relação de uma mãe, Laurinda, e sua filha, a travesti Josy. A rotina que a jovem leva para cuidar de sua mãe - que é revelada, durante a narrativa, como portadora de doença degenerativa - busca trazer sentimentos de empatia ao espectador, mostrando todo o carinho e dedicação da personagem à figura materna.
Foto: Novo Notícias |
O curta-metragem conta a história da relação de uma mãe, Laurinda, e sua filha, a travesti Josy. A rotina que a jovem leva para cuidar de sua mãe - que é revelada, durante a narrativa, como portadora de doença degenerativa - busca trazer sentimentos de empatia ao espectador, mostrando todo o carinho e dedicação da personagem à figura materna.
Os hábitos das protagonistas
conseguem transpassar melancolia. Josy parece buscar aceitação, mesmo que não
só de Laurinda, porém há um combustível nela que a faz seguir com vontade, disposição e bom humor. Há muito amor em devolver
o cuidado que um dia sua mãe lhe deu. Contudo, os estímulos e tentativas da filha em fazê-la reagir ao efeito de inércia que seu olhar vazio denuncia são, na sua maioria, frustradas. A história, junto com
o cenário e sonoplastia, nos lembra a simplicidade e brevidade da vida.
A produção cinematográfica tem um
final dramático, que leva à reflexão através de uma personagem que passa por preconceitos em relação à sua identidade sexual. O filme ganha vida para fazer repensar a condição de cada um no mundo, e inspirar
respeito à individualidade das pessoas e suas experiências de vida. No
Fim de Tudo foi o segundo curta a ganhar o prêmio Cine Natal, em 2014,
trazendo uma travesti como protagonista. Veio para quebrar paradigmas e
mostrar que sensibilidade é questão de sentir e não de orientação sexual.
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