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Homem-Aranha: De Volta ao Lar - Crítica

Marvel e Sony reapresentam de maneira divertida e mais humana o Amigão da Vizinhança

Por P.H. Dias 




Desde que Homem-Aranha apareceu em Guerra Civil (2016) na batalha de Berlim, criou-se uma grande expectativa pelo o seu filme solo, pois este é um Cabeça de Teia mais moleque e cômico, igual ao dos quadrinhos. Dessa forma, o que se esperava realmente aconteceu nesse novo filme, dirigido por Jon Watts; vemos um personagem muito bem construído e com uma grande motivação que segue a trama até o seu desfecho.


O que faz a película ser bem sucedida é uma forte interação do personagem principal com o meio em que vive. Exemplos importantes são as cenas dele atuando pelo Queens, na escola em que está sempre se desculpando pelo fato de estar fora demais, as cenas com a Tia May (Marisa Tomei) e sua preocupação constante por ele estar muito “diferente” nos dias atuais, a sua relação com Tony Stark (Robert Downey Jr.), que é quase de pai e filho, ao mesmo tempo em que o garoto tem que provar seu valor como um verdadeiro herói e não apenas como um personagem de menor expressão. Ajudando o personagem do Homem-Aranha está Happy Hogan (Jon Favreau), que tem uma função de vigia do herói, rendendo boas cenas de comédia. Isso tudo faz com que a trama se torne orgânica, deixando o menino-aranha mais maduro.


Outro ponto positivo é a parceria de Peter com o Ned (Jacob Batalon). O amigo da escola e de “cadeira”, por meio de alguns diálogos nos seus convívios sociais e até algumas determinadas ações engraçadas, permite que o filme seja mais leve. A construção do personagem Adrian Toomes/Abutre (Michael Keaton) é bem resolvida, assim como a atuação de Keaton, ainda mais pelo roteiro de Jonathan Goldstein e John Francis Daley, que dá ao personagem uma motivação bem aceita e elaborada. Ou seja, é um acerto não só do vilão, mas nos personagens centrais como um todo.

Uma das coisas mais memoráveis do filme é a grande interpretação de Tom Holland como Homem-Aranha, de modo que ele cria um novo Peter Parker para este universo da Marvel, cheio de camadas interessantes, de uma forma divertida para conversar com essa nova geração. No entanto, um dos pontos negativos do filme é o desenvolvimento raso da personagem Michelle (Zendaya), uma vez que ela tem uma ligação importante no enredo e não é aproveitada. Bem como explicações forçadas do roteiro em alguns casos, como certas cenas de comédia, e a maioria das cenas de ação genéricas.

No fim, Jon Watts faz um filme muito bem resolvido e interessante com um futuro brilhante para o nosso Amigão da Vizinhança.

2 comentários:

  1. É uma ironia o vilão mais sem importância do homem aranha nos quadrinhos ser tão bem representado no cinema. Esse acordo da marvel com a sony já deveria ter acontecido a muito tempo.

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