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Palestra no Sana 2017 mostra como ser herói no mundo real

Por Leonardo Figueiredo

Palestra "Como ser um super herói no Nordeste?" Foto: Leonardo Figueiredo 

“O sertanejo é, antes de tudo, forte”, falou o escritor Euclides da Cunha, enaltecendo não apenas as raízes nordestinas, mas também o potencial de um povo que tem muito a mostrar. O SANA, evento que acontece anualmente em Fortaleza/CE, além de oferecer ao público lazer e entretenimento (como jogos de mesa, dança e inclusive provas de tiro ao alvo), também há momentos de reflexão social que incentivam os visitantes a imaginarem um mundo melhor.

Esse foi o caso da palestra “Como ser UM SUPER HERÓI no Nordeste?”, cuja primeira apresentação ocorreu na tarde do dia 14 de julho e foi ministrada por Moisés Oliveira dos Santos, 40. Ele é consultor do Banco Nordeste, um dos patrocinadores do SANA, motivo que levou a empresa a pensar em uma maneira criativa de conversar com o público-alvo do festival.


“Eu trabalho com processo de interação para novos negócios, e o banco me consultou e perguntou o que poderíamos construir em um evento como o SANA para uma galera jovem, com pensamento amplo. E nós entendemos que precisávamos falar da ‘escola de super-heróis’”, contou Moisés.

A palestra teve início com Moisés afirmando que todo cidadão é herói, que há uma competência em cada um de nós. Segundo ele, a analogia se faz necessária porque vivemos a “jornada do herói”; crescemos assistindo filmes e lendo gibis, entendendo que sempre há um sujeito com o poder de resolver as situações. E se todo herói precisa encarar conflitos, Moisés enumera na palestra problemas reais que nós podemos enfrentar e resolver, entre eles educação precária, violência, escassez de água e ausência de saúde eficaz.

Diante dos frequentes escândalos políticos do Brasil e o fato da corrupção no país crescer de modo exorbitante, é quase utópico imaginar que as pessoas escolham praticar o bem. Porém, o consultor também aponta uma solução para isso: desligar a TV é o primeiro passo para a mudança. Em seguida, buscar conhecimento e aprender a exercer empatia.

“Muitas vezes a gente não age porque não sabemos a proporção do tamanho dos problemas. Quando encaramos isso de frente, podemos ser protagonistas da ação correta. As pessoas precisam entender que o mundo é mundo porque estamos nele. Precisamos tornar a vida dos outros melhores, e não só a nossa”, explicou.

O caminho de um herói começa quando ele aceita o seu chamado. Com a palestra no SANA, Moisés está fazendo sua parte na jornada. E se Euclides da Cunha de fato estava certo, a fé de transformar o mundo é tradição que lateja no coração do povo nordestino. Uma herança de sangue.

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